Maridón e eu namorávamos há poucos meses, fomos viajar nos Jogos Jurídicos e voltamos com a Pandora a tiracolo.
Mais do que um aviso de onde ele estava amarrando seu burro, Pandoreta foi o primeiro pseudo-resgate que fizemos juntos.
Viveu muitos anos felizes na casa do meu sogro, até que mudaram para um apartamento e ela acabou acolhida pelos meus pais/irmã.
Pandora sempre foi doce, carente, agitada, brincalhona.
Em quase catorze anos juntas, nunca vi nenhum esboço sequer de agressividade ou raiva nela.
Pandora transbordava amor.
Por isso, hoje foi o dia dela.
Dia de ser amada como merecia e partir com dignidade – sem dor, tubos, nem sofrimento – cercada por nós.
Dia de segurar a mão do maridón, porque ajudar um filho a descansar certamente foi a pior coisa que já fizemos nessa vida.
Dia de deixar as lágrimas correrem, o coração apertado, o peito sangrando, ainda em dúvida sobre qual caminho deveria ter seguido.
Hoje foi o dia em que nossa Pandoreta fechou os olhos, ganhou seu último cafuné e foi embora, para nunca mais voltar.
Brilha, meu amor.
Brilha e ilumina esse mundão, que ficou muito mais triste sem vc.
Te amo para sempre.
É a pior dor do mundo. Nada consola.
Nada mesmo… estou com um vazio gigantesco no peito…
Concordo,nada consola…..
Vc sabe bem, né, Ruth? Que tristeza….
Muito triste vè-los partir. Levam sempre uma parte do nosso coração
É exatamente isso, Soraia. Um pedacinho nosso vai embora com eles :ó(