Chegando para buscar as meninas na escola, Pilar vira e fala:
– Look, mama! Fulana is going to have a sister! (“Olha, mamãe! A Fulana vai ter uma irmã!“)
Eu, vendo que a mãe da menina NÃO estava grávida, olhei para a Pi with lasers e comecei a falar entredentes, muito rápido, em looping, em português mesmo:
– Não, não, não! Fica quieta! Fica quieta! Fica quieta, por favoooooooorrrr!!!
Mas não deu tempo. Enquanto a Pilar me olhava confusa, a Cecília jogou a última pá de cal na situação cagada, fazendo aquele gesto típico com as mãos para mostrar a barriga e falando:
– But she seems VERY pregnant! Look!! (“Mas ela parece MUITO grávida, olha!“)
😵😵😵😵😵😵😵😵
Tudo que consegui dizer foi: “I’m so, so, soooooooooo sorry” (“Um trilhão de desculpas“) e voltar palestrando para casa.
Falei de feminismo, de liberdade, de padrões sociais inatingíveis, dos vários tipos de beleza, discurso completo. Estava me achando um sucesso no empodeiramento das meninas.
Pois bem.
Mais tarde, no restaurante, o garçom trouxe o couvert e a Cecília choramingou:
– Maamaaaaaaa, o pão da Dodoca está mais gordinho do que o meu!!!
Antes que pudesse processar a reclamação, a Pilar já me atravessou, gritando:
– CE-CÍ-LI-AAAAAAAA!!! Não pode falar assim! Vc não tem nada a ver com o PESO DO PÃOZINHO! Cada um cuida do seu nariz e ele pode ser como quiser, viu?!” 🤦🏻♀️👌🏻
Acho que na próxima vez vou tentar em alemão.
Certeza que deve ser mais fácil 🙄
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#dropsdeumavidanaalemanha