Dora vai fazer dez meses e eu ainda não tive coragem de falar sobre o parto dela aqui.
Foram três cesáreas, com três médicos diversos – todos particulares – mas essa foi, de longe, a pior.
Pior, porque eu realmente acreditei no meu obstetra, nas referências, nas indicações. Eu REALMENTE acreditei que seria diferente.
Não foi.
Caí no golpe de novo e terminei em uma cirurgia desnecessária mais uma vez, a terceira consecutiva.
Lembro como se fosse hoje da assistente dele segurando minha mão e falando baixinho, no meu ouvido: “Não concordo com o que ele está fazendo, só que tenho um limite de atuação. Peço desculpas. Por favor, não fique triste comigo“.
Eu até poderia fazer o jogo do contente, como fiz no nascimento da Lily.
Porém, não vou ficar quieta dessa vez.
Outro dia ouvi que “conselho ajuda, mas exemplo arrasta” e é isso que quero fazer.
Quero arrastar, quero puxar, quero mover, quero mudar, quero gritar bem alto, para que outras grávidas tenham o que faltou no meu caminho: RESPEITO e VOZ.
Ainda não consegui escrever, é verdade. Mas um pedacinho de cada uma das minhas três histórias está aqui, ilustrando a campanha linda da Comparto.
Porque cada nascimento importa SIM e espero que tudo isso seja apenas o começo.
Para eles e para nós.
#cadanascimentoimporta
#partocomrespeito
#violênciaobstétrica