Quando um exemplo vale mais do que mil palavras

Temos mil teorias sobre o que transmitir aos nossos filhos, a forma correta de explicar fatos da vida, como ensiná-los a serem bons, mas a verdade é uma só: eles são nossos espelhos.

Não adianta falar uma coisa e fazer outra, eles seguem nossos exemplos, não nossas palavras.

Tanto é assim que, do nada, hoje a Pi pegou minha bomba de leite e saiu pela casa me imitando.

Nunca imaginei que ela prestasse atenção e, portanto, nunca me preocupei em explicar o que era aquilo. Mas ela viu, aprendeu e repetiu o movimento, mesmo sem entender do que se tratava.

Por isso, todo cuidado é pouco. Sem perceber, mostrei para minha filha que tirar e doar leite é uma coisa natural. Porém, poderia ter ensinado que brigar no trânsito é bacana, por exemplo.

Na prática, vale sempre aquela velha máxima: não adianta fazer yoga, se não cumprimentar o porteiro.

Lição aprendida.

“Seja a mudança que vc quer ver no mundo”.

#correntedobem

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Feliz um ano e meio, Pi! :)

“When I hold you
In my arms, love
Something changes
It’s the strangest feeling

The things that
Use to matter
They don’t matter
To me

When I see you
And you’re smiling
How my heart aches
So full it is about to break

You make me believe in love
I could never count all the ways
That you change me, baby
Every day the sky is a deeper shade of blue

When I’m with you…”

#dezoitomeses

#gladyoucame

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Maridón ursulón

Existem maridos habilidosos, que resolvem probleminhas domésticos com facilidade. E existe o meu marido.

Maridón é ótimo, inteligente, competente, acabou de assumir um cargo bacana em uma empresa nova (parabéns, lindão!), maaaaaaaassssss digamos que não nasceu muito jeitoso.

Não me entendam mal, ele até se esforça e tem boa vontade. O que falta é talento mesmo.

Um dia ele foi destrancar a porta da varanda e quebrou o vidro. Outra vez destruiu o soquete do lustre trocando uma mísera lâmpada. Ele também já arrebentou a válvula do banheiro, tentando arrumar um vazamento. E esses são apenas exemplos. Acreditem, o negócio é feio.

Daí que estávamos em casa hoje, naquela correria básica das meninas, quando ele resolveu pendurar o quadro da sala.

Foi um tal de medir, riscar, calcular, furar, em uma concentração de dar inveja a qualquer profissional.  Eu ainda acreditei que ele sabia o que estava fazendo, até que, no momento de pendurar o quadro, fuén, fuén, fuén:

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“Ops, I did it again”.

Sim, ele conseguiu colocar o prego no lugar errado, completamente FORA do quadro.

Nem vou contar a saga do ajuste da altura, porque aí já seria chutar cachorro morto. Só digo que envolveu superbonder e martelos, bem como que simetria é para os fracos.

Ainda bem que o importante é ter saúde.

#epicfail

#cromossomoy

#ursulão

#felíciafeelings – parte 2

Não é novidade para ninguém que eu sempre fiz questão de que minhas filhas respeitassem e convivessem com animais.

Tanto que as duas são vegetarianas desde a barriga, dormem no meio dos gatos desde que chegaram da maternidade e vivem com os 15 peludos da casa muito bem, obrigada.

Maaaasssss, como na casa de ferreiro, o espeto é de pau, a Pi demonstrou medo de cachorros assim que começou a engatinhar.  Não sei se por causa do tamanho ou pelos latidos, o fato é que ela pede colo, assustada, sempre que um “au au” chega perto.

Foram meses de tentativas frustradas, até que, no réveillon desse ano, ela aceitou passar a mãozinha na Larota, a cachorra dos meus pais (que é gigante, diga-se de passagem).

De lá para cá as coisas foram progredindo, até que hoje ela finalmente pediu para descer e brincar com a cachorrada.

Demorou um ano e meio, mas tudo deu certo no final.

Está aí mais uma prova de que amor e paciência resolvem qualquer problema. A carinha feliz da Pi no meio da cachorrada fala por si só.

Porque ser mãe também é isso. É ensinar os filhos a superar os medos, ultrapassar as barreiras e seguir em frente.

Häagen Dazs, Panqueca, Benji, Nutella e Pre agradecem.  Eu também.

#ohana

#gateiracachorreira

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Para minhas meninas

Vcs vão crescer. Juntas. Correndo pela casa, brincando, fazendo bagunça.

Vcs nos farão rir, chorar, passar vergonha.  Mas nos encherão de orgulho muitas e muitas vezes também.

Vão fazer manha, birra, malcriação, quebrar meus badulaques, riscar minhas paredes, enlouquecer a bicharada, se machucar.  E vão brigar.  Entre si, comigo e com o papai.

Vão cantar, dançar, fazer várias aulas e nos mostrar um universo todo diferente.

Vão nos ensinar novas coisas, mudar nossas ideias mil e uma vezes, dividir nossas opiniões.

Vão nos inspirar a lutar, transformar o mundo, para deixar tudo melhor e mais bonito para o futuro de vcs.

Vão compartilhar a casa, a família, os amigos, a escola, as roupas e os brinquedos.  Dois pedacinhos de mim que agora são também pedaços uma da vida da outra.

Tanto amor, tanta admiração, tanto orgulho que nem cabem no coração.

Vcs são meus maiores presentes, filhas.

Eu só queria que soubessem que estarei sempre aqui, para aplaudir seus sucessos, amparar os fracassos. Para dar colo, abraços, beijinhos e cafunés quando o mundo as fizer sofrer.

E para deixá-las voar livres, quando o momento certo chegar (com poucas lágrimas, prometo me esforçar bastante).

Porque amor incondicional é assim.  Faça chuva ou faça sol, meu jardim sempre estará florido para vcs e meu coração batendo fora do peito, esperando para estar completo, onde quer que vcs duas estejam.

Beijos com todo o amor do mundo.

Mamãe

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A saga da troca de fraldas

Eu pensava que “almoço com o pessoal do escritório” significava apenas sair e almoçar com o pessoal do escritório.  Simples, fácil e indolor.

Pena que não funciona assim quando se tem filhos.

Nem vou entrar no mérito da epopeia para sair de casa – desde o banho das duas até carregar o carro com todas as tralhas do universo – nem ao caos que é o almoço em si, com as duas chorando ao mesmo tempo, uma querendo mamar e a outra circulando descalça por aí.

Vou direto ao momento em que a Pi fez AQUELE cocô bem no meio da refeição.

Maridón levantou e foi correndo trocar a fralda, antes que o restaurante fosse interditado pela ANVISA.

Ok.

O problema é que não existia trocador, nem fraldário e ele teve que improvisar.  Como a maior parte dos leitores desse blog é do sexo feminino, sinto-me a vontade para dizer o que todas nós já sabemos: cromossomo Y improvisando é igual à sessão da tarde, com muito agito, confusão e trapalhada.

Sabe-se lá por que cargas d’água, maridón achou que seria uma excelente ideia colocar uma almofada na pia e deitar a Pi em cima, para tirar a fralda suja. Só não contava com a torneira automática, que foi acionada assim que a Pi deitou e molhou tudo, tudo, tudo, Papai Noel.

Aí ele teve que tirar a roupa, a fralda, a almofada e colocar a quiança ensopada, chorando, em um cantinho do banheiro, para poder arrumar as coisas (a poupança para a terapia já está sendo providenciada, eu sei).

A quiança, revoltada com o pai trapalhão, resolveu se vingar e fez o que?  Mais cocô e xixi NO CHÃO do banheiro, é claro.

Neste momento, quando vc pensa que nada mais poderia dar errado, maridón aparece com a Pi só de camiseta no meio do restaurante, porque a fralda acabou.

Toca sair correndo para comprar mais, o que seria uma tarefa relativamente simples, não fosse o cromossomo Y esse fanfarrão, que não cansa de surpreender a gente.

Por algum motivo que nem os ateus conseguem explicar, o maridón achou que seria uma excelente ideia – parte 2 – colocar uma FRALDA DE PISCINA na Pi, já que foi a primeira que ele encontrou na farmácia.

(Para quem não tem filhos, fraldas de piscina não suportam muito xixi e têm absorção ruim, justamente para evitar que suguem toda a água da piscina).

Pois bem.  Durante a sobremesa, quando já estávamos parecendo pessoas normais de novo, acontece o que?  Xixi para todo lado (AGAIN), sujando a mãe, o sofá e a roupa reserva, de modo que tivemos que ir embora do restaurante com a criança PELADA, por absoluta falta de neurônios alternativas.

Sim, ter filhos é lindo, mágico, incrível.  Mas posso falar?  Pagar com Visa é muito melhor.

#lógicamasculina

#didáticaparacromossomoy

#fuénfuénfuén

Lactonta

Cena 1: maridón e primo tentam colocar a fralda da Lily na Pi e não entendem por que não está funcionando.

Cena 2: finalmente consigo tomar banho, já tarde da noite, e entro no chuveiro com absorvente. Pelo TERCEIRO dia consecutivo.

Cena 3: Lavei o rosto com Higi-Calcinha e a calcinha com sabonete líquido facial da Clinique (em minha defesa, a calcinha era de renda, até dá para fazer uma analogia com “peles sensíveis e delicadas”, vai).

Cena 4: coloquei café no copo de limonada (???) e fiquei olhando confusa aquela mistura de cores, sem compreender o que estava acontecendo ali. Joguei o conteúdo fora e repeti a operação (?????).

Tudo bem que a mulher fica ligeiramente burra distraída, durante a gravidez.  Mas eu não lembrava que essa genialidade toda continuava – ainda que em menor escala – no período de amamentação. Nem que era contagiosa.

Talvez seja cansaço puro e simples.  Talvez eu nunca tenha sido lá muito brilhante. Ou talvez a Cecília esteja sugando meu cérebro com o leite. Voto na terceira opção, para manter a dignidade, no maior estilo “não sou eu, é vc”.

Isso porque eu nem entrei no mérito da missão saída-de-casa-para-dedetização, essa semana. Basta dizer que o funcionário da empresa perguntou se existiam animais e crianças no local e achamos melhor responder de forma vaga, tipo “alguns…”.

Vai passar, vai passar…. E, se não passar, pelo menos por enquanto eu ainda tenho desculpa.

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Vinte dias depois ♥