Ser irmã mais velha é… – parte 3

… ensinar desde cedo que a vida não está fácil para ninguém. 😉

ET: Em uma escala de zero a dez – sendo zero a Noviça Rebelde e dez a madrasta da Cinderela – quão #menasmãe eu fui ao fotografar a cena ANTES de resgatar a criança? Podem dizer, eu aguento. Só queria registrar, em minha defesa, que a ideia foi do maridón.

#worstmomever

Caixa de feira

Enquanto houver amor…

Cinco anos.

Um lustro.

Um quinquênio.

A metade de uma década.

A duração da minha faculdade.

O tempo da prescrição de impostos e cobranças.

Exatos 1.873 dias.

CINCO ANOS amando o Gregory House a distância, sem progressos, sem perspectiva de mudança, sem esperança de fazer um carinho.

CINCO ANOS rezando todos os dias para ele não ficar doente, já que seria impossível medicá-lo.

CINCO ANOS de amor incondicional, torcendo para que ele esteja feliz, a sua maneira.

CINCO ANOS, três devoluções e uma vida inteira escondido pelos cantos depois, Greg decidiu confiar em mim, deitou-se no meu colo e ali ficou até se lembrar de que tem medo, pular desesperado e pisotear tudo pelo caminho.

Foram poucos minutos, porém suficientes para eu realizar um capricho antigo, já esquecido e sufocado no meu peito.

Sei que perseverança não é igual a merecimento, mas hoje eu mereci.  Por isso, vim aqui agradecer com essa foto tosca, que encheu meu coração de alegria e meus olhos de lágrimas.

CINCO longos ANOS, que acabaram de valer a pena.

Obrigada, obrigada, obrigada ♥

#nãotempreço

#gregório

Greg no colo

Mulher Maravilha quebrada – parte 2

Eu sou folgada, preguiçosa, falo pelos cotovelos e dou palpite onde não fui chamada.

Gosto das coisas do meu jeito e acho incompetente quem faz de forma diferente. Se der certo no final foi pura sorte, lógico.

Durmo mal, gosto de ficar quieta logo que acordo e fazer tudo com calma pela manhã. Detesto ter que levantar correndo, sem direito a uma espreguiçada extra, mexida no celular e afofada nos gatos. Justamente por isso, pontualidade não é comigo. Já aviso desde cedo: vou fazê-los esperar, nem que sejam apenas alguns minutinhos.

Sou uma motorista bem meia boca, mas quebro o galho. O câmbio automático e a câmera de ré ajudam a disfarçar, o que não me impede de dar totós e uma bela judiada nas rodas do carro.

Pareço boa mãe, porém  esqueço as vitaminas dia sim, dia também, como chocolate escondido, para não ter que dar para as meninas (continuo firme e forme evitando açúcar até os três anos, favor não insistir), além de repassar os banhos e as trocas de fraldas sem cerimônias, sempre que tiver oportunidade.

Sou brava, rigorosa, intransigente e impaciente. TODO meu estoque de paciência é usado apenas com as meninas e com a bicharada. E olhe lá. Não convém abusar, nem despertar minha fúria, vcs não vão querer conhecer a Raquel, minha gêmea má.

Tenho um talento extraordinário para cultivar a culpa, sofro de sincericídio, não sei usar meias palavras, erro a mão quase sempre e só percebo no dia seguinte, quando já é tarde.

Sou a rainha da procrastinação. E funciono bem sob pressão, ou seja, zero estímulo para fazer as coisas no tempo certo.

Tenho dificuldade em manter conexões, esqueço de procurar amigos, retornar ligações e desejar feliz aniversário – o que não significa falta de amor em absoluto, podem acreditar.

Apesar de ser menina, odeio conversa mole ao telefone. Se tem algo para contar, ótimo. Se não, whatsapp, SMS e e-mail estão aí para isso, apreciem sem moderação.

Sou completamente alienada, não tenho a mais vaga ideia de em quem votar, nunca abri os cadernos de política, economia e sequer sabia que estava tendo plebiscito na Escócia.  Aliás, sou péssima em geografia, de passar vergonha mesmo.  Em química também, mas, sejamos francos, quem usa essa porcaria no dia-a-dia?

Pronto, está aqui a verdade nua e crua. Se esqueci algum defeito, fiquem a vontade para me lembrar, o blog é democrático.  Vou me esforçar para não me ofender, nem odiar a pessoa para todo o sempre, prometo.

Quem quiser continuar lendo mesmo assim, é por sua conta e risco.  Podem entrar, sentar, ficar a vontade, a casa é de vcs.

Só não vale dizer depois que eu não avisei.

Um tapinha dói, sim, senhor!

Eu não grito nunca com as minhas filhas (o que não me impede de ser firme com elas, claro). Detesto quando gritam comigo, por que faria isso com os outros?

Também não as ameaço, nem levanto a mão. Em hipótese alguma. Tapinha, corretivo, peteleco, “prestenção”, esquenta a bunda, palmada, ou seja lá como queiram chamar a técnica, nada mais é do que violência pura e simples. E a última coisa que eu pretendo ensinar às minhas filhas é resolver seus problemas sendo agressivas.

Assim como gentileza gera gentileza, violência só gera violência e acho que todos nós concordamos que nosso planeta já tem doses extras de brutalidade por todas as futuras gerações, não?

Eu poderia fazer um discurso lindo, totalmente em cima do muro, para agradar a gregos e troianos, dizendo que não bato, mas também não julgo quem aplique o tal do “tapinha educativo”. Porém, é mentira, eu julgo sim. Julgo porque não entendo que benefício essa conduta poderia nos trazer.

Deixar a criança insegura, com medo ou intimidada, não agrega nada a ninguém. Se eu desse um peteleco na Pi para ela entender que não pode brincar na escada, por exemplo, o que a impediria de repetir o modus operandi com a Lily? Ou com os amiguinhos da escola? Ou com os bichos lá de casa?

Como ensinar que ela não deve bater nos coleguinhas se a mãe bate na irmã? Qual a coerência disso?

Argumentos do tipo “eu apanhei e só aprendi assim” ou “todos apanhamos e sobrevivemos” também não me convencem.

Primeiro porque essa história de “sobrevivência” é muito relativa e pode deixar sequelas emocionais, que só aparecerão lá na frente. Um tapinha dói, sim e deixa marcas invisíveis, podem acreditar.

Depois, eu não quero que minhas filhas “sobrevivam” ou façam as coisas escondidas de mim, com receio da minha reação. Eu não quero jamais que as duas tenham medo dos pais, seus principais aliados quando os problemas aparecerem. Quero que elas me respeitem, o que é muito diferente. E respeito se conquista, não se impõe.

Além disso, acho que temos a oportunidade diária de aprender com os erros e evoluir. Não é porque apanhamos no passado que seguiremos com a prática eternamente. Andávamos sem cinto de segurança, no chiqueirinho e sobrevivemos. Por isso vamos repetir a dose com nossos filhos e netos?

Sei que perfeição não existe, ainda vou errar bastante ao longo do caminho. Vou falhar, fazer escolhas equivocadas, passar vários dos meus defeitos involuntariamente para as meninas. Contudo, pretendo fazer o meu melhor.  Não vou errar de propósito, fazendo algo sabidamente inadequado, muito menos tratá-las da forma que não quero que o mundo as trate. Meu olhar será sempre de carinho e cuidado, afinal somos os exemplos dos nossos filhos (Duvida? Clica aqui e aqui).

Não bato, não deixo bater e tenho raiva de bate, simples assim.

Se estou certa ou errada, só o tempo irá dizer.  Mas, na dúvida, prefiro educar pelo amor, nunca pela dor.

Nós três

Boys will be boys…

Aí eu estava mexendo no celular e encontrei esse flagra do maridón na maternidade.

Percebam a habilidade, o jogo de cintura e o total controle da situação (#sqn).

Era isso.

Só quis dividir minha risada da hora do almoço com vcs. Podemos retomar a programação normal agora.

#tbt

#supernannyfail

#eitagiovana

Careta Bo maternidade Lily

Ps: Eu sei que #tbt é só no instagram, mas eu não tenho insta, então posto aqui mesmo.  Essa é a vantagem de ter um blog, posso dominar o mundo e postar o que eu quiser! Muahá-há! 😉

Feliz nono mês, Cecília! :)

Mal pisquei – de novo – e lá se foram nove meses.

Mais tempo fora do que dentro da minha barriga.

Uma mini pessoa, cheia de vontades e opiniões.

O melhor presente inesperado que a vida poderia me dar.

Parabéns, filha.  O mundo é pequeno para tudo de lindo que vc merece.

Te amo para sempre!

Beijos

Mamãe

“Quantos poetas

Românticos, prosas

Exaltam suas musas

Com todas as letras…”

#lilyfuracão

#novemesesderatinha

#isntshelovely?

Montagem Lily - 9 meses - melhor

Porcaria

Aparentemente o tema da semana é gatos. E não pelos motivos que eu gostaria.

Petisco-Porcaria foi resgatado do motor de um carro, na gravidez da Pi, quando eu estava a caminho do hospital, em uma crise terrível de sinusite.

Ele logo foi adotado, mas não deu certo, acabou voltando para a minha casa. Parou de comer de um dia para o outro, emagreceu um monte, ficou pele e osso, não levantava, não brincava, estava completamente largado.

Foram quatro meses de luta diária, dando papinha com seringa de duas em duas horas e acordando sem fôlego, com medo dele ter virado estrelinha durante a madrugada.

Os resultados dos exames indicavam PIF, a pior doença que um gatinho poderia ter. Apesar de incurável e fatal, o estado clínico do Porcaria foi melhorando e ele se estabilizou. Quem olhasse seu hemograma jamais diria que pertencia àquele bebezico serelepe, que me recebia piando todos os dias na porta.

Coisas cotidianas, como vacinas ou um simples resfriado, sempre foram delicadas e exigiam um cuidado especial, mas, fora isso, Porcaria teve vida normal nos últimos dois anos.

Até que ontem o meu mundo caiu de novo. Comecei a encontrar vômitos pela casa, resolvi fazer um check up e descobri que ele está todo descompensado. O e-mail da veterinária foi alarmante: “estou preocupada, Paula”.

Quando se escolhe adotar um bichinho doente, esse tipo de acontecimento não deveria ser surpresa, faz parte do jogo. Parece até incoerente dizer que eu não estava preparada. Contudo, a verdade é que não estava mesmo.

Não estou pronta para perder meu bebezico e o pânico está me deixando irracional. Chorei no trânsito, no trabalho, no banheiro. Estou negociando com Deus, fazendo promessas, esperando uma dádiva acontecer, me sentindo um lixo, com o coração apertado.

Por isso resolvi apelar e vim aqui pedir torcida, energias positivas, reza brava, o que for.

Alguém na escuta com palavras de consolo? Apoio moral? Um milagre no bolso?

Gratifica-se bem, obrigada.

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