Realidade Paralela – parte 2

Saí do consultório da minha terapeuta e tinha uma pessoa xis no corredor. Assim que ela me viu, abriu o maior sorriso e disse:

– Oi! Estava te esperando! Vc pode me dar uma carona?

– Acho que vc está me confundindo com alguém…

– Não, tudo bem, serve vc mesmo. Vamos juntas, por favor?

– Para onde?

– Para o térreo.

– Ehhh…. ok.

Entrei no elevador, a moça me seguiu e ficou me olhando com cara de cachorro que caiu da mudança.

– Posso encostar no seu braço?

Várias respostas me passaram pela cabeça:

“Não, eu não te conheço”.

“Vivemos na Matrix”.

“É um assalto?”.

“Moça, eu já sou casada”.

“Está calor, né?”.

Mas a educação falou mais alto e eu acenei autorizando.

Descemos os doze andares de braços dados, com pessoas entrando e saindo, até que o elevador chegou ao térreo.

A fulana me agradeceu, mandou um beijo no ar, assoprando a mão e foi embora.

Para muitos essa história poderia significar um dia atípico na vida.

Para mim é apenas mais uma terça-feira.

#premiadafeelings

10 pensamentos sobre “Realidade Paralela – parte 2

  1. Paula, tadinha… pode ser que ela tenha medo de elevador. Eu já andei de carro com uma moça que tinha pânico de túnel… É complicado. Mas que bom que vc a acudiu! Rsrsrsrs Bjos

    • Pois é, pensei nessa possibilidade na hora, por isso nem falei nada. Mas vamos combinar que ela poderia ter dito: “Oi, meu nome é xis e tenho medo de elevador. Vc poderia me ajudar, pf?”, Beeeeeeemmmm menos maluca, neam??? Hahahahahaha!

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