Meu dia começou logo cedo com a pergunta: “Paula, o que vc mudaria na sua vida?”.

E eu não soube responder.

Porque apesar do cansaço, dos perrengues, das pendências, de tudo que quero/preciso fazer e não consigo, do cansaço, das despesas cada vez mais altas, da falta de sono, dos três quilos que não me abandonam, do cansaço, de não saber mais o que é ir ao cinema, dos choros, das manhas, das birras, da falta de planejamento, tempo, disposição e, principalmente, do cansaço, do cansaço, do cansaço, eu não trocaria minha vida pela de mais ninguém.

Não quero ser Gisele Bundchen, Scarlett Johansson, nem Angelina Jolie.

Não quero ter a vida de nenhum famoso, de nenhum ilustre desconhecido, de nenhum vizinho, amigo, colega, parente próximo nem distante.

A pessoa pode ser rica, magra, bonita, casada, solteira, com filhos, sem filhos, louca dos bichos, desapegada, durinha sem fazer ginástica, caseira, viajante ou baladeira. Não troco meu pequeno grande caos pela rotina de N-I-N-G-U-É-M.

Não que eu ache a vida de todos ao meu redor uma droga. Nem que a minha seja perfeita (não é, acreditem).

Porém, no final do dia, não tem lugar no mundo onde eu prefira estar além dos meus próprios sapatos.

Quero dormir e acordar ao lado dos meus amores, sendo eu mesma, com toda a bagagem que vier no pacote. Com toda a bagunça, todo o stress, todos os problemas.

Quero viver minha própria história por mais cento e vinte anos, esperando que eles passem bem devagar, para eu aproveitar cada minuto.

Se isso é comodismo, conformismo ou pura resignação, eu não sei.

Mas tenho cá o palpite de que finalmente descobri o que é felicidade.

♥

“As long as we’re together

There’s no place I’d rather be…”