– 4:30 am: levantei para cuidar da Sagui, mas ela não quis mamar de jeito nenhum. Já comecei a ficar em pânico.
– 5:00 am: Pi teve um pesadelo e acordou aos prantos, inconsolável.
– 5:30 am: Passarinhos começaram a cantar na janela. Pi ainda estava acordada, com seus quase quinze quilos, no meu colo.
– 6:00 am: Cachorros começaram a uivar. Pi ainda estava acordada, com seus quase quinze quilos, no meu colo. Perdi a sensibilidade nos braços, costas e pescoço, mas ela parou de chorar, já estava no lucro.
– 6:30 am: Pi até que enfim se acalmou e dormiu, com seus quase quinze quilos, ainda no meu colo. Consegui fazer um movimento ninja e acomodá-la na cama. Sensibilidade corporal imediatamente recuperada, agora em forma de dor.
– 6:45 am: me joguei feito jaca podre na cama e rasguei o lençol. Cogitei trocá-lo por quase três segundos, mas méh… Decoração rústica está in.
– 7:30 am: maridón saiu para trabalhar.
– 7:35 am: Lily acordou para mamar animadíssima, distribuindo sorrisos, sem nenhum indício de que talvez, quem sabe um dia, pudesse voltar a dormir.
– 7:45 am: Sagui começou a piar. Pensei que fosse fome e avisei que ela já era a próxima da fila no bonde das mamadas (sim, eu converso com eles, podem me julgar).
– 8:00 am: abri a caixa da Sagui e encontrei o Atol de Moruroa, em um caos de destruição e cocô incompatível com um serzinho que pesa menos de duzentos gramas.
– 8:05 am: me recuperei do choque e comecei a limpar a baderna.
– 8:15 am: ainda limpando a baderna. Lily começou a chorar.
– 8:30 am: ainda limpando a baderna. Lily ainda chorando. Pi acordou. Faltava meia hora para minha auxiliar chegar.
– 8:45 am: desisti e fui dar banho na nanogata, enquanto três pessoas choravam (prefiro não revelar as identidades).
– 9:15 am: minha auxiliar subiu, entreguei as meninas para terminar de cuidar da Sagui, que já estava com a mamada ultra atrasada.
– 9:16 am: Pi se rebelou e virou o Godzila, gritando “Mamai! Mamai!”, em tons guturais.
– 9:17 am: Pi agarrou a minha perna. Derrubei todo o leite da nanogata no microondas, armário, porta da geladeira e chão.
– 9:25 am: Limpei a maçaroca usando apenas a mão direita (sim, sou canhota), já que a esquerda estava ocupada com a Pi e a gata no colo. Ser mãe é desenvolver novas habilidades a cada dia, que benção.
– 9:30 am: Preparei novo leite para a Sagui, ainda com a mão direita.
– 9:32 am: Pi, continuava surtada (terrible two ♥). Coloquei-a no chão e ela derrubou o leite da gata na toalha da mesa, tentando subir de volta para o meu colo.
– 9:40 am: Pi fez um cocô homérico e não deixou ninguém trocar, “só a mamai”.
– 9:42 am: Pi organizou uma rebelião no presídio, começou a gritar, chorar e esfregar a fralda de cocô no chão, me obrigando a interromper os cuidados com a coitada da gata, antes que fosse preciso chamar a Tropa de Choque.
– 9:50 am: ainda tentando fazer a Pi deitar para trocar a fralda. Sagui piando de fome.
– 9:55 am: desisti de tentar trocar a fralda da Pi e dei uma de Supernanny: “a mamãe está aqui, quando quiser trocar a fralda, me avisa”.
– 10:00 am: dei uma gota de Glicopan para a Sagui e fui preparar a mamadeira dela pela terceira vez.
– 10:05 am: Pi começou a chorar, subiu no meu colo (cheia de cocô) e derrubou a mamadeira da gata na toalha DE NOVO (juro, juro, juro).
– 10:06 am: Fui trocar a fralda da Pi, enquanto a Shae lambia o leite derramado. Mais uma diarreia a vista, ótimo.
– 10:15 am: fralda trocada, mesa limpa, finalmente fiz a QUARTA mamadeira da Sagui, que não quis mamar.
– 10:25 am: tive que passar sonda na Sagui, para ela não ficar desidratada, enquanto a rebelião da Pi continuava firme e forte, a todo vapor nas minhas orelhas.
– 10:45 am: terminei tudo e decidi entrar no banho, ultra mega blaster atrasada, sem cuidar dos demais bichos, nem tomar café da manhã.
– 10:46 am: Lily começou a chorar de fome.
– 10:47 am: coloquei a roupa de volta e fui amamentar a Lily. Pi começou a chorar, com ciúmes, pedindo “colinho da mamai”.
– 11:00 am: estou aqui, amamentando uma filha, com a outra no colo. Sem banho, sem comida, sem trabalho, nem dignidade. Meu dia – que começou as 4:30 da madrugada -, ainda nem começou de verdade.
Mas está fácil, está bacana, está beleza.
Usem camisinha.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, meu Deus.! Oremos ; )
Hahahahaha! Está faltando um filhote de gato na sua trupe, Fabrina! Eu sou a pessoa, hein? É só falar! Rs
É, só orando mesmo,bjs!!!!
E às vezes nem assim, né, Ruth? Hahahahaha!
E o final “usem camisinha” foi sensacional, kkkkk…
Depois não digam que eu não avisei! Hahahahahahahaha!
Por essas e outras fiquei só nos bichos. Não tenho psicológico para tanto. Parabéns pela força!!!
Obrigada! Rssss Mas sabe que a gente acaba se acostumando? Quando está tudo muito calmo em casa, eu até estranho! Tem maluco para tudo nesse mundo! Hahahahaha!
Paula, Santo Marido vive pedindo filho. Mas sabe como é, mulher de militar… já estou vendo a mim mesma surtando geral com a galera.
Olha, eu não acho de verdade que a família PRECISE ter filhos para ser completa ou feliz. Cada um é feliz como quer e ninguém tem nada a ver com isso, né? Mas o que eu posso dizer é que ter filhos realmente é todo aquele clichê que lemos por aí e achamos que é exagero. É visceral, coração batendo fora do peito e um trabalho INFINITO, que fazemos com muito amor, apesar de exaustos.
Se o maridón quer tanto, pense com carinho, quem sabe, né? A resposta adequada para a sua família só vcs poderão dizer. Só acho que os bichinho carentes do mundo agradeceriam bastante por mais uma pessoa do bem para ajudá-los por aqui! Rssss 😉