Aí a vida estava monótona, tranquila, sem grandes aventuras, por isso resolvemos dar uma agitada. Qual a graça de uma rotina sem emoção, não é mesmo?
Depois de muito marcar e remarcar, enfim conseguimos nos programar para passar um final de semana na fazenda e mostrar a bicharada de pertinho para a Pi.
Seria tudo muito lindo, simples e rápido, se a operação não envolvesse quatro adultos, quatro cachorros, dois bebês, infinitas malas, cadeiras (de carro e de alimentação), bomba, berço portátil e três horas de viagem.
Logo de cara demoramos duas horas e meia – não, isso não é uma hipérbole (gastei a gramática, hein?) – só para sair de casa, entre separar todos os oito milhões de itens necessários, dar remédio para os cachorros não passarem mal na estrada, coloca-los nas caixas de transporte, por as caixas no carro, instalar as meninas nas cadeirinhas, fazer caber todas as malas, etc, etc, etc.
Pé na estrada, trânsito tranquilo, jantar delícia, nada de extraordinário aconteceu. Estava até estranhando, tudo fácil demais, sabem? Quando a esmola é muita, o santo sempre desconfia.
Pois bem. Chegamos uma hora da manhã, exaustos. Eu me joguei no sofá, morrendo de azia, enquanto o maridón foi descarregar o carro e arrumar a cachorrada.
A Pi estava bombando, ligada no 440v, depois de ter dormido o caminho todo. Correu, caiu, derrubou as coisas, gritou, cantou, bateu palma, caiu de novo, chorou, riu. Precisamos de dardos tranquilizantes muita insistência para fazê-la controlar a ansiedade e finalmente dormir.
A Lily, por sua vez, estranhou o lugar e não descansava de jeito nenhum, ficou chorando por horas a fio no berço e acordou trocentas vezes, durante a madrugada.
Nos raros momentos em que a casa ficava em silêncio, naquela típica calmaria bucólica (#sqn), os cachorros começavam a latir. E uivar. E escavar a terra. E brigar entre si. All night long.
Não contentes, eles descobriram onde estava guardado o pote de ração, derrubaram e comeram tudo, tudo, T-U-D-O, Papai Noel. A comida suficiente para três dias foi inteira devorada, em uma tacada só.
Resultado: Haagen Dazs virou o exorcista durante o resto do final de semana, vomitando as tripas e com diarreia a jatos, em um looping escatológico eterno (de novo não é uma hipérbole, infelizmente).
Para vcs terem uma ideia do caos, tivemos que parar na estrada e lavar a caixa de transportes no lava-rápido, enquanto os demais carros passavam por cima daquele mar de cocô, impossível de ser recolhido.
A Pi ainda foi solidária e se cagou toda no estacionamento do posto, no momento em que minha mãe passava mal e a Lily chorava ao fundo, só para dar uma animada extra.
Chegamos em casa mais de meia noite, depois da Pi dormir durante toda a viagem e… bom, voltem lá para cima e releiam o post. Essa é minha vida, esse é o meu clube.
Mas, tudo certo. Piriris e episódios de testa-ralada-pós-caída-da-rede a parte, valeu a pena. Foi lindo ver a Pi brincando, correndo, chamando os bichos e imitando o barulhinho deles. Foi gostoso dormir até um pouco mais tarde (nove da manhã com bebês em casa é luxo, meu bem), comer comidinha fresca, curtir a família e descansar.
Só está difícil saber quem aproveitou mais no final das contas: a Pi, os cachorros ou o vovô coruja.
E lá vamos nós, porque hoje é segunda-feira e a semana promete de novo. Ainda bem. 🙂
#fugereurbem
#segundãovelhodeguerra
#ohmy
Certamente que foi seu pai! eheheh
Acho que ninguém duvida disso, né? Rsssss
Rindo muito das hipérboles #sqn
Pelo menos conseguiu dar uma descansadinha…mudança de ares é sempre bem vinda.
Bjs**
Bem que eu queria que fossem hipérboles, Lud! Hahahahahaha!
Me sinto meio mal de rir dos seus posts às vezes…! 😳
Hahaha
Lindas as fotos…deve ter sido bem delícia o fim de semana!
Eu rio dos seus, vc ri dos meus e a vida fica mais leve juntas. Tem coisa melhor? 🙂