Já falei aqui sobre o glamour da amamentação e todas aquelas pegadinhas do malandro, que ninguém conta durante a gravidez.
A questão é que o tempo passa e cada vez mais me convenço de que amamentar é uma arte.
Aqui, por exemplo, tem sido uma lambança.
No dia a dia, quando a Cecília começa a dar sinais de fome – leia-se gritar como se não houvesse amanhã – e eu estou ocupada ou cuidando da Pi, costumo tentar acalmá-la cantando um funk, que compus especialmente para a ocasião.
A quiança está lá, berrando de fome e eu fico pulando com ela no colo, enquanto canto, rebolo e desço até o chão. Acho que ela fica tão chocada, que para de chorar. Não é lá muito elegante, admito, mas funciona (se alguém tinha alguma dúvida, estou aqui para confirmar: sim, ser mãe é perder a dignidade, pero sin perder la diversión).
Contudo, talentos musicais a parte, a verdade é que, pelo menos na minha casa, não basta ter disponibilidade + dois peitos + leite + uma quiança, para conseguir amamentar.
Vira e mexe estou lá, prontinha, com o peito engatilhado e a Lily, ao invés de fazer sua parte, chora desconsolada por uns quinze minutos, antes de sequer encostar em mim. De repente, para tudo e começa a mamar como se nada tivesse acontecido, com aquele ar blasé que lhe é peculiar.
E aí está o motivo oculto desse post sem o menor pudor (não, não era conquistar o sonho do CD próprio e gravar meu single su-ces-so, maaaaaassss, caso alguém tenha interesse, favor deixar seu recado após o bipe): estou cansada, essa luta antes das mamadas é difícil e desgasta TANTO, que vcs nem imaginam.
Não consigo entender o que sucede. Ela quer leite. Eu tenho leite. Ela não quer mamadeira. Eu tenho peitos. Ela quer comida. Eu tenho diversão, ballet funk.
O que falta??
Se alguém souber me explicar o que é isso, eu ficaria muitissíssimo grata. Se descobrir como resolver o problema, ainda ganha um abraço apertado e um beijo na boca no capricho. Ou melhor, uma caixa de chocolates, para o maridón não ficar bravo.
O pediatra não sabe. Eu não sei. Acho que nem a Lily sabe por que chora.
Não é falta de leite (eu costumo doar CINCO LITROS POR SEMANA ao banco do hospital), sou limpinha, tomo banho todos os dias (muitas vezes mais de um), meu bico é normal (e ainda tenho o de silicone), já tentei trocar os lados, caminhar e balançar. Nada, nada, NADA adiantou.
Então, está lançado o desafio.
Alguém poderia ajudar uma pobre mãe exausta, que amamenta de duas em duas horas, a resolver esse mistério, por favor?
Em troca, prometo mandar um vídeo exclusivo do funk, junto com os bombons. O bullying eterno vai valer a pena, tenho fé.
Quanto vale o show?
Paula, já tentou não deixar ela chegar a chorar de fome? Eu tenho um bebe da mesma idade da Lily, ele é um bebe muito bonzinho, porém é muito bravo. Quando as coisas não são como ele quer ele berra mesmo. Se espero ele chorar com fome, ele não mama nada e berra, como quem me repreende por ter feito ele esperar. Então eu vou oferecendo o peito aos poucos, e ele vai mamando de pouquinho, pra evitar todo o show. Aqui funciona!
Obrigada pela dica, Luciana! Tenho feito isso também, até porque ela precisava ganhar mais peso e aumentar a quantidade de mamadas. A choradeira melhorou muito e acho que agora as coisas se estabilizaram. Ufaaa!! 🙂
Paula, pensei numa hipótese, pelo que andei lendo por aí: será que não é leite demais, não? Quero dizer, tem mulheres que o leite sai em grande quantidade e isso deixa o bebê meio afogado no início da mamada. E se você tirasse um pouco antes dela mamar, para deixar o peito mais macio, menos cheio, será que mudaria algo? Você já tentou isso? Abraço, Alê.
Não era esse o motivo do choro, mas sua dica ajudou muito, Alê! Ela sempre afogava no começo das mamadas e agora isso não acontece mais. Obrigada, viu? 🙂
Eba, bom saber que a coisa melhorou! Abraço grande 🙂
Paula, tenho uma filha, hoje com nove anos, que sempre fazia isso, mas ela mamava um tiquinho e caia no berreiro. Descobri que era um reflexo chamado gastrocólico, desencadeado quando o leite chegava ao estômago. Sinceramente espero que você descubra e tudo possa se resolver.
Beijos
Puxa, Olivia, que difícil! Mãe sofre, né?
Espero que não seja nada tão sério. O problema já melhorou muito, acho que ela só queria me fazer passar vergonha e passar por mentirosa no blog, rssss
Foram uns quinze dias complicados aqui, mas agora parece que as coisas finalmente se ajeitaram e as mamadas voltaram a ser tranquilas. 🙂
Beijos
Oi Paula, descobri seu blog recentemente e me divirto , sempre que posso passo por aqui para ler e me distrair.. Ver que nao sou a unica mae passando por isso tudo!
Tenho uma filha de 1 ano e meio, e estou gravida de 5 meses. Enfim, so para falar de mim! rsss
A minha filha, Nalu, fazia muito isso, comecou com uns 2 meses e durou um tempo. No meu caso, descobri que ela estava querendo arrotar. Ela sempre foi muito boazinha e quase nunca chorava. Mas, as vezes, bem na hora da mamada ela dava um show. E era quase impossivel acalma-la para mamar. Ai, descobrimos que ela queria arrotar. Ficava um tempinho com ela numa posicao boa, ate que ela arrotasse, e depois , estava tudo em paz.. Realmente, nenhum pediatra, amiga, sogra, ninguem nunca tinha me falado sobre a importancia de um arrotinho… rs
E era so isso.. No fim das contas, so voce mesma para descobrir..
Um abraco e continue com seu blog, eu me divirto1
Marcela
Obrigada pelo carinho, Marcela!
Seja muito bem-vinda por aqui! 🙂
Não sei se foi a dica da Luciana lá em cima ou a sua que resolveu o problema, mas fato é que eu passei a deixá-la arrotar no meio da mamada e ajudou muito! Super obrigada, viu?
Boa sorte nessa nova etapa, vc vai precisar. É difícil, desesperador, cansativo. Mas JURO, é uma delícia. A minha nem acabou e eu já estou com saudades.
E vc ainda teve a sorte de ter engravidado quando a sua mais velha já sabe andar, faz toda diferença.
Se precisar trocar figurinhas com outras mães de duas, estou à disposição!
Beijos!