Foram pouco mais de cem dias escondida pelos cantos, saindo só de vez em quando, vencida pela curiosidade ou pelos petiscos.
Cem dias entre um flagra e outro no sofá, um “bom dia” na cozinha ou um passeio rápido pela sala.
Cem dias tentando chegar perto dela, sempre em vão.
Porém hoje foi diferente.
Hoje a Farofa me olhou nos olhos, subiu no sofá e se deitou ao meu lado pela primeira vez.
Ainda sem contato físico, com pavor do toque, fugindo ao menor sinal de movimento. Mas ela se esforçou e ficou lá, firme, nitidamente contrariando todos os seus instintos de defesa, que a impediam de se aproximar de mim.
Hoje a Farofa escolheu confiar. Escolheu tentar, escolheu relaxar, escolheu ser feliz.
Não sei o que mudou, o que aconteceu durante o dia, o que a fez ter coragem, nem o que desencadeou o processo.
O que eu sei é que cada minuto de espera desses cento e cinco dias acabaram de valer a pena. Cento e cinco dias controlando os impulsos, sem forçar a aproximação, sem encostar, sem invadir o espaço, sem ultrapassar os limites dela.
Está aí a prova de que não existe caso perdido. Amor, paciência e respeito operam verdadeiros milagres. Basta abrir o coração e acreditar ♥
“Tudo vale a pena, se a alma não é pequena” (Fernando Pessoa).
Nossa, que bom!!!
Com certeza essa espera teve seus momento angustiantes, mas valeu a pena!
Que mais dias assim se concretizem .
Bjs
Tomara! Depois desse dia, ela nunca mais se deitou ao meu lado. Mas sou brasileira, não desisto nunca e continuo aqui, esperando… Vai dar certo! 🙂
A farofinha se rendeu ao amor… Linda!
Ainda não, infelizmente. Depois desse dia, ela nunca mais se deitou ao meu lado, não sei se foi por causa da Lily. do calor, sei lá… Mas sou brasileira, não desisto nunca e continuo aqui, esperando. Vai dar certo! 🙂