Agora que a barriga começou a aparecer, ainda que de forma tímida, a Patrulha do Parto passou a agir sem dó.
O diálogo é sempre o mesmo:
– De novooooooo??
– Pois é, somos rápidos… (dando uma risadinha sem graça)
– Meu Deus, que loucura! Menino ou menina?
– Menina!
– Puxa, que pena! Vc não conseguiu um casalzinho?
– Na verdade, adoro ser mãe de menina, sempre quis uma duplinha e…
– Mas e o parto? Já decidiu? Cesárea de novo?
E lá vem o famigerado sorrisinho sádico.
Então, desisti. Já que o povo quer mesmo saber sobre o meu parto (sabe-se lá por que cargas d’água), vamos em frente, vou colocar os pingos nos is de uma vez.
Lembrando que essas são as MINHAS escolhas. Eu não crucifico, nem discrimino absolutamente ninguém que pense diferente.
Esse blog não permite preconceito contra nenhuma raça, cor, credo (a menos que envolva sacrifício de animais), nem tipos de parto, que fique bem claro.
Mas, EU, Ana Paula, “na qualidade de pessoa individual que sou”:
* não faria parto natural nem amarrada (ou só amarrada, amordaçada e algemada, mas minha vingança seria maligna, acreditem);
* em hipótese alguma faria o parto em casa, na piscina, na natureza ou em nenhum outro lugar diferente de um hospital apto a garantir a minha segurança e a do meu bebê;
* sou contra cesárea agendada (não acho bacana adiantar ou escolher a hora em que o bebê vai estar pronto, ressalvadas as questões envolvendo riscos à saúde dele ou da mãe, claro);
* sou contra a indução do parto com hormônios, pelos mesmos motivos acima; e
* não ficaria mil horas sofrendo para tentar o parto normal de jeito nenhum. 12 horas foi o meu limite (e eu não estava sofrendo). Está mais do que bom.
Assim, por eliminatória, mantidas as condições normais de temperatura e pressão, pretendo entrar em trabalho de parto naturalmente (que não seja em pleno réveillon, por favor!), ir ao hospital e, se nada acontecer em algumas horas, receber minha filhota de cesárea, feliz da vida.
Vejam bem, vou repetir, a MINHA opção é essa. Não é a verdade absoluta, não é um exemplo a ser seguido, não é melhor, nem pior do que as escolhas das outras mães. Cada um sabe o que é mais adequado para si.
Pronto, é isso. Podem me julgar.
Ou melhor, não podem, não. 2013 está sendo difícil, eu já tive minha cota do ano. Pulem para a próxima grávida e me deixem ser mãe-de-duas-meninas-que-entrou-em-trabalho-de-parto-mas-fez-cesárea tranquila. Só dessa vez, por favor.
#mimimifeelings
Quanta gente intrometida…
Bjs.
te entendo muito bem: mãe de duas meninas seguidinhas e ambas nascidas de cesária… um saco mesmo, vc ainda tá com paciencia, mas no final da gravidez que a gente vira louca, me conta quais serão suas respostas. “que pena que não é um casal” é a que mais me irritava, pior ainda que o tipo de parto.
Pena que nao eh um casal? Pena pra quem? Que gente… Eu nao vou ter essa paciencia toda. Acho que vou colecionar algumas inimizades…
Não adianta, né? Se a crítica não é porque a idade é próxima, é porque está demorando muito (sim, eu já ouço isso), ora pois, onde já se viu ter irmãos de idade distante! Que horror!
E a combinação perfeita do casal ignora qualquer vantagem dos relacionamentos de irmãos do mesmo sexo. Mas quem sou eu pra saber, certo!? Filha única não entende nada disso e tem que querer que o próximo filho seja isso ou aquilo.
E o parto? Ah, o parto… Concordo com todos os seus pontos. E, o principal, quem tem que concordar é seu médico e sua filha. Mas a caixa do supermercado, a senhora do banco e a empregada da amiga com certeza sempre sabem o que é melhor pra você.
Paula, achei teu blog por um texto publicado no MMQD.
Minhas escolhas foram iguais as suas na primeira gravidez. Não foi ideal, mas veja só, nascido de cesárea, Pedro é Super saudável, e não lhe caiu nem um pedaço em decorrência da minha escolha. Continua inteirinho. E eu? Nem me lembro de ter entrado na faca. Nada de dores, ou coisas q tanto falam por ai!
Bjo! Boa sorte!!!!!
Pois é, meninas,…. É quase inacreditável, mas juro que não é exagero! Hoje uma mãe de duas meninas postou a mesma reclamação em um grupo no FB. E vários comentários na mesma linha, de mães com dois meninos também! O pior é que não existe forma de acertar. Uma mãe que tem casal e quer o terceiro, começou a ouvir: “Para que? Vc já tem um casal. Agora chega, né?”. Choquei! Chega para quem, cara pálida? O povo é mesmo muito sem noção… Ainda bem que vcs me dão apoio moral! 🙂
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