Vc sabe que a fase está brava, quando sua cota de azar não se resume aos acontecimentos pesados dos últimos meses (que não foram poucos). Sempre é possível dar mais uma animada nas coisas.
Além de tudo que já contei aqui, aqui, aqui, aqui e aqui, a boa da vez é que estou com conjuntivite alérgica e, adivinhem só, não posso usar nada, só colírio e óculos escuros (vejam a ironia).
Aí eu, que já comecei a semana naquele pique de funcionário público misturado com Stevie Wonder – sem forças, sem vontade, sem enxergar nada – ainda encontro o escritório sem rede, ou seja, sem condições de soltar os prazos, que estavam todos acumulados por causa do feriado e da partida da Jojo.
Ok, mini-AVC controlado, equipe improvisando a impressão das petições, saí afobada para minha audiência em Guarulhos e tive a capacidade de me perder loucamente, mesmo com GPS (se alguém já entendeu a lambança das novas saídas, pontes, atalhos e portais secretos da nova Marginal, favor deixar um guia explicativo for dummies nos comentários abaixo).
Após quase duas horas, consegui chegar e me senti A malandra, desligando o GPS e seguindo as placas de “fórum”, espalhadas pela cidade.
Pena que existem dois fóruns, as placas eram genéricas e eu, obviamente, fui parar no lugar errado. Murphy é sempre implacável.
Tive que sair correndo a pé, de salto, manquitolando, sem almoço (Cecília, revoltada, já estava organizando uma greve geral) e ainda subir todos os andares de escada, porque a fila do elevador estava indecente.
Audiência feita, nada resolvido, saí correndo de novo até o estacionamento láááá no fórum errado, para dar tempo de voltar a São Paulo, soltar o último prazo e buscar a Pi na escola.
Eis que uma pomba gorda levantou voo e veio em minha direção, enquanto eu esperava o farol abrir. Fiquei naqueles 5 segundos de indecisão, tipo, “desvio ou não desvio?”, “ela vai subir? vai arremeter?” e aí foi tarde.
A pompa me atropelou em plena calçada. Bateu asas na minha cara, sapateou no meu nariz e me deixou lá, descabelada, gritando e dando um chilique bem phyno, cheio de classe (só que ao contrário), com direito a pessoas rindo e apontado para mim. Aquele kit humilhação bacana, completo, típico na minha vida.
Fica, então, aprendida a lição do dia: quando vc achar que não falta acontecer mais nada, não desanime! Vc ainda pode ganhar de bônus um pedala de pomba exclusivo, para chamar de seu.
#premiadafeelings
A história da pomba é muito boa!
Uma vez um passarinho fez coco no meu cabelo, 5 minutos antes de uma reunião grande de apresentação de um filme ( tinha passado a noite em claro editando). A secretária me ajudou a lavar o cabelo na pia do escritório e fiz a reunião com cabelo encharcado, todos achando que eunera uma folgada que havia acabado de chegar.
adoro gente que ri – e de quebra faz os outros rirem – de si mesma 🙂 Pedalada de pomba, ninguém merece, mas a história é deliciosa 🙂
Sei que você não gosta, mas o velho e bom Raul Seixas já dizia (embora em outro contexto, claro): “quem não tem colírio, usa óculos escuros”….
Ahaahahahahaahahahahhaahahhaah
Podem rir, podem rir… pimenta nos olhos – com conjuntivite – dos outros é refresco, né? Rsss
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