Jojo internada na UTI e tudo que consigo fazer é chorar.
Força, filhota!
Não desiste, porque meu coração não está preparado para bater longe do seu! 😥
#jojoamoreterno
#jojomilagrinho
#jojohighlander
Sempre vejo o mesmo mendigo bêbado, andando sem rumo entre os carros, no caminho para o trabalho.
Passando pela rua hoje, não o vi. Fiquei procurando até o farol abrir e nada.
Incomodada com a ausência, dei a volta no quarteirão e eis que me deparo com a seguinte cena:
Não sei o que ele estava lendo, nem sei se bebeu ou deixará de beber hoje. Mas fiquei feliz por ele. Como se fosse um velho conhecido se recuperando, dando a volta por cima, caminhando para frente.
Posso estar completamente enganada e essa revolução toda ter acontecido só na minha cabeça. Porém, minha segunda-feira começou com a esperança de um mundo melhor renovada.
#correntedobem
“(…) Seria eu um intelectual
Mas como não tive chance de ter estudado em colégio legal
Muitos me chamam pivete
Mas poucos me deram um apoio moral
Se eu pudesse eu não seria um problema social”
(Problema Social – Seu Jorge)
Sempre me orgulhei da minha memória. Impecável, precisa, afiada.
Sabia tudo de cabeça, datas, nomes, pessoas, horários, programas, pagamentos, nada passava em branco. E isso era um contraponto bacana ao marido, que é a definição de pessoa distraída.
Mas eis que comecei a perceber falhas, esquecimentos incomuns, coisas que não costumavam acontecer. Essa semana, na terapia, peguei o celular para anotar uma indicação da psicóloga e…. esqueci o que ia anotar. Assim, do nada. Em questão de segundos.
Fiquei parada com cara de conteúdo, olhando a tela e espremendo os neurônios, na esperança de vir uma luz, o que não aconteceu. Tive que pedir socorro, envergonhada, me sentindo a própria velhinha com Alzheimer.
Comecei a reparar bem e isso tem acontecido com certa frequência. Esqueço no escritório o que preciso levar para casa, em casa o que deveria ter ido para o escritório, erro os dias da semana (bárbaro quando é rodízio!) começo frases mas, antes mesmo de acabá-las, percebo que não tenho a menor ideia do que estou falando, e por aí vai.
Aparentemente é normal, faz parte da gravidez, sabe-se lá por que. Contudo, para uma virginiana perfeccionista como eu, isso é o fim. Meus alarmes do celular nunca estiveram tão congestionados. De meia em meia hora eu apito para alguma coisa. E agora não serve mais apitar apenas “alarme”, eu preciso escrever porque raios estou apitando, se não fuén, fuén, fuén… não adiantou nada!
Apito para lembrar de tomar remédios e vitaminas, para desmarcar/marcar consultas, para colocar gasolina no carro, para sacar dinheiro, para pagar os banhos dos cachorros, entre tantas outras cositas, que antes eram rotineiras para mim.
Mas o alarme que soou agora me assustou. Peguei o celular e o assunto era: “Brigar por causa do espelho”
E é isso que eu vim aqui revelar, amigos. Virei uma delinquente, que precisa AGENDAR BRIGAS, para não esquecer.
Pior, fiquei burra, pois hoje é domingo e não vou encontrar os manobristas do estacionamento – que insistem em entortar manualmente o espelho elétrico (infração bem grave no mundo de uma pessoa em ebulição hormonal).
Porque não basta o processo de embarangamento, inerente à gravidez. Não bastam todos os perrengues físicos, a falta de sono, a dificuldade em encontrar boas posições para viver. O universo ainda precisa tripudiar e tirar o resto da dignidade que ainda nos resta.
#epicfail
UPDATE: Está aqui a explicação (gestonta sim, doida não!): http://brasil.babycenter.com/a1500597/esquecimento-e-sensa%C3%A7%C3%A3o-de-estar-avoada
Estou prestes a encerrar o terceiro mês de gravidez e achando engraçadas as diferenças entre as gestações da Lily e da Pi.
Algumas coisas permanecem exatamente iguais, como o fato de eu virar o demo com progesterona (assunto recorrente aqui no blog, eu sei. Pelo menos eu reconheço, vai!).
Na gravidez da Pirilampa, foram 3 meses de salve-se quem puder e agora não está muito diferente. Aliás, se alguém souber algum truque, simpatia, reza brava ou técnicas de exorcismo para amenizar os efeitos, o maridón agradece!
Mas voltando ao que interessa, fiz uma listinha das 5 principais coisas que mudaram, até o momento:
1) Cremes: na primeira gestação, você mal sai do consultório médico com o resultado positivo e já começa a besuntar o corpo com cremes e óleos milagrosos para prevenir estrias, marcas e o que mais for possível. A massagem diária é um ritual, um momento especial com o bebê, vc acaricia a barriga e sorri, a vida é boa. Já na segunda gravidez, a pessoa segura os cremes até os 45º do segundo tempo, quando não tiver mais jeito e a pança insistir mesmo em aparecer. E aí já começa a sofrer de preguicite aguda, só de imaginar os próximos SEIS MESES tendo que acordar e dormir toda melecada.
2) Peso/tamanho da barriga: alguém já tinha me dito isso, sempre achei que fosse lenda urbana, mas não, é verdade-verdadeira: a barriga da segunda gravidez é maior do que a da primeira. Contudo, talvez pela correria do dia a dia, pelos cuidados com o primeiro filho ou porque sua vida está uma zona, o ganho de peso é diferente, se engorda menos na segunda gestação. Aqui, por exemplo, estamos na 11ª semana, com barriguinha de 16ª e dois quilos e meio negativos (sem fazer esforço nenhum, nem enjoar – amém!).
3) Fotos da barriga: Na primeira gravidez, vc tira fotos semana a semana e faz montagens comparativas, para mostrar a todos “como cresceu!”. Na segunda gravidez, bem…. eu ainda não tirei nenhuma. Mas sejamos sinceros: quais as reais chances da Lily perceber se eu pegar algumas da Pi e disser que são dela?
4) Atenção recebida: Na primeira gravidez o mundo familiar gira ao seu redor. Vc está gerando vida, fabricando um mini humano, precisa se poupar nessa fase tão iluminada. Na segunda gravidez, o mundo familiar (e dos amigos, dos conhecidos, do universo e até da velhinha de Taubaté) gira em torno do seu primeiro filho. Não adianta vc chorar, espernear, se jogar no chão do shopping, gritando “eu quero, eu quero, eu quero!”. Esquece. Mais digno encarar a realidade e aceitar o rebaixamento para medalha de bronze (e olhe lá!) na escala de importância.
5) Doces: Na gravidez da Pi, eu era praticamente o João e a Maria juntos, comendo casas inteiras de doces. Ogrice grau extremo, Fiona mostrando que não veio para brincar. Porém, dessa vez, algo muito equivocado está acontecendo, eu devo estar quebrada, sei lá. Não é normal uma pessoa olhar aquele pedação de ovo sonho de valsa e pensar: “Méh! Prefiro uma frutinha!”. A situação é tão alarmante, que uma fatia de bolo de nozes durou 3 dias (três dias! T-R-Ê-S D-I-A-S!) na geladeira de casa. Quer dizer… quem sou eu e o que está acontecendo comigo??
Alguma mamãe de segunda viagem de plantão para me consolar? Para dizer que tudo vai passar, que o chocolate vai voltar a ser meu amigo?
E, mais importante, que eu não preciso economizar desde já para a terapia da Lily, por causa das benditas fotos da barriga?
Ele monta meu prato e esquenta meu jantar todas as noites.
Ele sabe meus pedidos de café da manhã, na padaria.
Ele sabe que preciso de vinte minutos quieta, para a raiva passar.
Ele me dá flores sem motivo, faz elogios nas horas em que mais preciso e manda “te amos” aleatórios, várias vezes por dia.
Ele aceitou 14 (CATORZE!) bichos em casa, porque entende a importância deles para mim. E cuida, limpa, dá comida, carrega para o veterinário e o que mais for preciso.
Ele guarda suas roupas no sótão, para deixar o closet inteiro para as minhas.
Ele me ajuda nos resgates de formigas, cachorros, gatos, passarinhos caídos na sarjeta e até galinhas – quase – sem reclamar. Não importa o horário, não importa a situação.
Ele – mesmo sendo corintiano – torce para o São Paulo ganhar, quando percebe que estou triste porque meu time está perdendo. E me leva ao estádio, quando mais ninguém quer ir.
Ele concordou em viver em uma casa vegetariana, em criar nossas filhas assim e deixou de comer kobe beef e foie gras, porque sabe o tamanho da afronta que seria aos meus princípios.
Ele não é perfeito. Erra, tem falhas e defeitos como todos os seres humanos. Mas é meu número. Sob medida. Feito para mim.
Essas coisas todas podem parecer bobagens, à primeira vista. Mas a verdade é que o amor não está em viagens, presentes, datas especiais ou jantares bacanas. Nessas ocasiões é muito fácil viver bem. Difícil é amar nas coisas pequenas, no cotidiano. E eu agradeço, todos os dias, por ter esse privilégio há onze anos.
#ohana
A gravidez é um período em que a mulher se sente plena, tranquila e deve reservar toda a energia para viver esse momento tão especial. Só que não.
Minha vida está o caos.
Fora todas as histórias que já contei aqui e continuam em andamento, ainda tenho que lidar com brigas entre as minhas auxiliares, Nutella, Jojo e Pi doentes e, a cereja do bolo, Chandon arrancando o próprio rabo. De novo!! Aparentemente é um problema de cicatrização e essa novela ainda pode ir bem longe.
Claro que tudo acontece justamente na semana em que o marido está viajando e a pessoa precisa se virar nos 30 para cuidar da filha, trabalho e mais 14 bichos. E das brigas. E da rotina da casa. E da fisioterapia da Pi, que não melhora nunca com esse clima bacana de São Paulo.
Como era de se esperar, em meio a isso tudo, a Cecília ficou completamente negligenciada (para não dizer esquecida, vamos economizar a terapia do futuro). Nem lembro que estou grávida na maior parte do tempo. Carrego peso que não posso. Esqueço de comer. Durmo super pouco. Tudo errado.
Fico pensando que, se for verdade aquele papo de que a criança reflete o temperamento da mãe durante a gestação, ferrou de vez.
A gravidez da Pi foi muito tranquila, estava em um momento ótimo, com poucas preocupações. Viajei, fiz pilates, comi certo, só não descansei direito porque tinha que amamentar a Paçoca, mas aí já era bem no finalzinho. Talvez por isso, ela seja tão calma. Quase não dá trabalho, come bem, dorme bastante e é alegre, já acorda de bom humor.
Agora não, está tudo de ponta cabeça. Ontem, por exemplo, almocei duas fatias de pão (integral, vá lá), às três da tarde, enquanto digitava um prazo.
Se a regra for mesmo essa, a Lily já vai nascer causando, ligada no 220. Só espero que as coisas tenham se acalmado até lá, para eu conseguir dar conta. Ou que aperfeiçoem as técnicas de clonagem. Ou que eu fique rica. Não necessariamente nessa ordem.
#runforestrun
Não é o melhor ângulo, a melhor luz. Não estamos arrumadas, bem vestidas, nem penteadas. A casa está uma bagunça e estamos jogadas no chão.
Mas é o retrato exato da felicidade.
Porque quando se tem um final de semana em família, com friozinho e ataque de amor, o que mais poderia faltar?
#ohana