Ser mãe é lindo. Mágico. Incrível. O milagre da vida, piriri, pororó (completem a frase com todos os clichês que estamos carecas de escutar).
Mas o que ninguém conta é que, apesar de sua vida mudar radicalmente (para melhor, claro, porque se não ninguém teria o segundo filho), vc sente sim falta de algumas coisas da rotina antiga. E tudo bem. Vc não é uma mãe melhor ou pior por causa disso.
Eu, por exemplo, sinto muita falta de viajar. Não que não seja possível viajar agora, mas é diferente. Hoje, qualquer passeio demanda certa estrutura, preparo, organização. Não dá mais para acordar, enrolar na cama, sair para tomar café da manhã na rua, andar o dia todo sem compromisso, visitar museus, pontos turísticos e esquecer-se de almoçar, por exemplo.
E olha que a Pi é uma criança tranquila, do tipo que nos acompanha em tudo, desde restaurantes mais bacanas, até lugares barulhentos, sem stress.
O problema é que sua responsabilidade muda. Vc pode até forçar a barra, improvisar uma mamadeira no lugar da papinha, colocar o bebê no carrinho e passar à tarde no tal museu, enquanto ele dorme. Porém, nunca mais será aquela coisa leve e despreocupada, sem horário, obrigações, nem trocentas sacolas, bolsas, brinquedos e cacarecos pendurados nos ombros, carrinho e pescoço.
E o vinho? Ah, o vinho.
Eu e o marido sempre gostamos de tomar vinhos. Mesmo sem motivos, para acompanhar a pizza às quartas-feiras, durante o futebol, sabem?
Aí, do dia para a noite, eu viro a deusa da fertilidade, emendo gravidez-amamentação-gravidez-amamentação em um looping eterno e pronto! Lá se vai meu vinho, suspenso por tempo indeterminado.
Minha médica ainda foi legal e liberou uma taça por semana. O que não ajuda muito, mas é melhor do que nada, não vou reclamar. Já me peguei pensando várias vezes: “quando parar de amamentar – de novo – vou tomar uma garrafa de pinot noir inteira!”. Praticamente uma alcoólatra, eu sei.
Por último, sinto saudades das minhas roupas.
Parece bem fútil (e é mesmo), mas tive várias crises de choro, porque tinha a festa x para ir e o vestido que seria perfeito para ocasião não iria me servir.
Algumas mulheres se sentem lindas e plenas durante a gestação. E muitas vezes estão de verdade. Mas só quem gosta de moda e entrou em uma loja de roupas para grávidas entende o que estou falando.
Achar algo que não seja multicolorido, estampadésimo, monocromático ou que transforme a pessoa em um botijão de gás, vestido de chita, é quase o mesmo que encontrar uma agulha no palheiro, salvo raríssimas exceções.
No começo, vc ainda está plena, iluminada, cheia do tal milagre da vida e releva, não tem importância. No entanto, conforme os meses vão passando, tudo que se quer é sair de casa sem parecer que brigou com o guarda-roupa ou que está enrolada no lençol.
Ainda bem que essa fase passa e o sorriso deles compensa tudo.
Enquanto isso, eu planejo minha segunda lua de mel na Itália, com muitas roupas deslumbrantes, vinhos e passeios, em 2015. Ou não! Rs
#afroditefeelings
Paula, tô adorando os posts!!! =)
Ai, que bom! Vejo que tem gente entrando aqui, mas não dá para saber se estão lendo, se estão gostando, etc e tal. Fico feliz, obrigada!! :o)
A D O R E I !! Viu como você TINHA que fazer um blog??? Beijo!!!
Obrigada, querida!! ❤
#parademeassustar#morrideri
Aaahhhhhhhhh, vou postar umas fotinhos da Pi, para vc se animar de novo! Rs
Perfeito, super me identifiquei! Saudades da minha pizza com vinho toda sexta-feira… Mas aí eu sinto o bebê mexer e já valeu a pena! 😉
Não é a coisa mais especial do mundo sentir o bebê mexendo? Taí uma coisa que me fará muita falta, depois que a Lily nascer. É mágico! 🙂